Academia ao ar livre tem feito parte da rotina de vários homens de todas as idades no Aterro do Flamengo. Sem muita sofisticação, os halteres são todos feitos artesanalmente e não há música, televisão ou sequer um espelho. Tudo que está em volta são coqueiros, grama e o céu aberto.
Não há restrição, qualquer um pode chegar e praticar seus exercícios. São advogados, médicos, garçons, porteiros e até moradores de rua que batem ponto na academia, entretanto, não há presença feminina. Mas, para os novatos na musculação, os frequentadores recomendam que procurem uma academia tradicional para aprender a execução dos exercícios e não se machucarem.
- Depois, alugo uma Kombi e chamo a galera para ajudar a carregar. – explica Roberto e diz que já ofereceram dinheiro a ele para fazer isso em outros lugares, mas recusou.
Porém, ele destaca o perigo que é o lugar à noite, já que não há iluminação, apesar de já terem pedido assistência a vários políticos, mas até agora nada foi feito. – Isso aqui vira ponto de prostituição e de usuários de droga, já tivemos o equipamento roubado diversas vezes – lamenta.
Mesmo assim, a prefeitura exige que todos os pesos sejam pintados da mesma cor, então os frequentadores se juntam de vez em quando para fazer uma vaquinha e colaborar na pintura e na manutenção. Se não puder dar dinheiro, ajuda com que sabe fazer, o importante é colaborar.
Um dos mais populares da academia é o Franciso de Carvalho. Com 74 anos, ele caminha da sua casa de Botafogo até a academia e fica lá por umas 5 horas se exercitando e batendo papo, além de distribuir bananas e maçãs para os marombeiros. Há 40 anos ele malha e garante que isso é a chave para o bom humor.
- As pessoas ficam mais acomodadas com a tecnologia e acabam ficando mais sedentárias, dando conforto e prejudicando a saúde. Eu chamo isso de benefício maléfico – filosofa Franciso. – O esporte antes de tudo é alimento para as articulações do nosso corpo.
A academia intitulada de “Ar Livre” tem dois mascotes, os gatos Veludo e Ana Carolina (homenagem à cantora). Os bichanos são vacinados e alimentados por Roberto. Com o sol batendo forte, eles ficam esparramados cheios de preguiça, ao contrário de todo o restante do pessoal.
Para o publicitário Biafra de Oliveira, morador de laranjeiras e veterano dos pesos, as academias do Rio de Janeiro já não têm mais o “glamour” dos anos 80, quando malhou com os “melhores professores de Copacabana”. Para ele, o espaço à beira-mar é menos badalado, mas igualmente estimulante.
Adoreeei !! O blog ta cada dia ficando melhor !!
ResponderExcluirobrigada amiga lindaaa
Excluiracho tudo de bom academia assim !! o rio de janeiro eh maravilhoso, malhar com essa vista nao deve ter nada melhor !! o blog ta arrasando ;)
ResponderExcluirmuito bom né kerols??? obrigadaaaaa
Excluir